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Tarifa dos EUA sobre vinho italiano: 15% de impostos a partir de 7 de agosto

A partir de 7 de agosto de 2025, uma tarifa de 15% entrará em vigor sobre os vinhos europeus destinados aos Estados Unidos. A medida foi estabelecida por decreto executivo publicado pela Casa Branca, que não prevê exceções para o setor vitivinícola. Essa medida corre o risco de atingir o coração de um dos setores mais emblemáticos das exportações italianas.

REGIÕES MAIS EXPOSTAS

De acordo com dados do Observatório do Vinho da União Vinícola Italiana (UIV), as regiões mais afetadas serão Vêneto, Toscana, Piemonte e Trentino-Alto Ádige.

 

  • O Vêneto lidera as exportações para os EUA, com mais de € 600 milhões anuais, impulsionados por Pinot Grigio, Prosecco e Amarone.
  • A Toscana, com Brunello di Montalcino e Chianti, ostenta uma participação de 32% em suas exportações de vinho destinadas aos EUA.
  • O Piemonte, graças ao Moscato d’Asti, tem uma dependência de 21%.
  • No topo do ranking em termos de exposição percentual, no entanto, está Trentino-Alto Ádige, onde 36,2% de seu faturamento estrangeiro provém do exterior.

UMA RELAÇÃO A SER SALVA

Os Estados Unidos são o principal consumidor mundial de vinho italiano há anos, respondendo por 24% do total das exportações. O presidente da UIV, Lamberto Frescobaldi, soou o alarme: “É essencial que o vinho seja incluído entre os produtos com tarifa zero nas negociações UE-EUA”. Este apelo também é compartilhado por organizações americanas como a US Wine Trade Alliance e a National Restaurant Association.

UMA CONTA PESADA

As estimativas são claras: com a introdução de tarifas, o prejuízo potencial ao setor vitivinícola italiano pode chegar a € 317 milhões nos próximos 12 meses. Esse impacto corre o risco de comprometer a competitividade dos produtos Made in Italy e a fidelidade dos consumidores americanos, cada vez mais devotados à taça italiana.

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