Abruzzo está situada na parte centro-oriental da Itália, estendendo-se ao longo da costa do mar Adriático. É uma região montanhosa, formada por várias colinas e quilômetros de praias, incluindo a imponente cordilheira dos Apeninos. Dessa forma, apresenta vários microclimas que favorecem as condições ideais para o cultivo de uvas importantes, e é conhecida principalmente pelos saborosos vinhos Montepulciano d’Abruzzo DOC – que não devem ser confundidos com o Vino Nobile de Montepulciano da Toscana, feito de Sangiovese na cidade de Montepulciano.
A uva Montepulciano apresenta coloração profunda, acidez moderada e taninos doces, conferindo aos vinhos um caráter frutado delicado que o torna delicioso enquanto jovem. No entanto, há exemplares que podem ser degustados também com 10 anos de vida. A Montepulciano é a segunda uva mais cultivada da Itália, atrás apenas da Sangiovese.
O vinho tinto Montepulciano d’Abruzzo não é somente o símbolo da região de Abruzzo, como também é um dos vinhos italianos mais comercializados em todo o mundo. Em 1968, o vinho recebeu a DOC Montepulciano d’Abruzzo, denominação que abrange a maior parte da região.
O vinho mais famoso é o Montepulciano d’Abruzzo delle Colline Teramane DOCG, que, em comparação com o correspondente Montepulciano d’Abruzzo DOC, matura um ano em barris de madeira antes de ser colocado no mercado. De Montepulciano, você também pode obter o Cerasuolo d’Abruzzo DOC, frutado, fresco, macio, encorpado e fácil de beber.
A casta branca mais emblemática da região é a Trebbiano, que dá origem a outro vinho famoso, o Trebbiano d’Abruzzo DOC, obtido da mistura da uva Trebbiano Abruzzese com outras variedades como Cococciola, Passerina, Pecorino e Malvasia. Os produtores locais também cultivam Merlot, Cabernet Sauvignon e outras variedades tintas.
Abruzzo está em fase de evolução de reposicionamento. Nas décadas de 1970 e 80, a região era dominada por grandes vinícolas cooperativas. A maioria das famílias vendia suas uvas para as cooperativas, que produziam vinhos baratos e acessíveis. No entanto, nos últimos 20 anos, as propriedades familiares começaram a desenvolver e produzir seus próprios vinhos, revelando o potencial e a complexidade do terroir da região.